sexta-feira, 30 de abril de 2010

SOBRE O QUE SE TEM, O QUE SE QUER E O QUE LHE FALTA...

O fato de ser um paliativo afetivo o amedrontava , como qualquer um queria se sentir querido e único.
Com seu ideais românticos desvalorizados sentia-se inseguro, sentia como sendo ridículo e ultrapassado , a cada dia era tomado por uma enorme vontade de por fim ao que lhe incomodava.
Prender-se ao que supunha ter , fazia-o perder tempo na busca do que realmente desejava , não percebia naquela relação a troca, a cumplicidade que sempre desejára ter.
Estavam os dois em um café no centro cultural que tanto gostavam , e o olhar do outro via através dele como se vê através de um vidro muito limpo , naquele momento sentiu um profundo desconforto, sentiu-se ridículo por valorizar tanto um momento a dois que na verdade era o momento de um só.Queria correr , sair dalí sem comentários , sem que alguém percebesse a sua angústia...
Não era a primeira vez , tambem não era a segunda ou a terceira mas sabia que el algum momento teria que decidir que fosse a última.
Seus instintos sempre lhe foram fiéis e nunca o enganaram , mas toda vez que os ignorou se arrependeu.

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